“A vacina da pólio não dói, não tem nenhum tipo de reação. Então não dá para a gente entender, nós que somos sequelados da poliomielite, entender os pais não terem essa motivação de levarem os seus filhos para vacinar”.
O desabafo é de Ana Rosa, moradora de São Paulo e que há quase cinco décadas perdeu os movimentos por conta da paralisia. Foram 13 cirurgias para tentar andar. Um aparelho ortopédico a acompanhou por toda a vida. E agora, a cadeira de rodas.
É o retrato do Brasil atual. Por conta da baixa procura da vacina nos postos, 11 estados e o Distrito Federal prorrogaram a campanha de vacinação contra a poliomielite. A cobertura vacinal contra a doença atualmente é de 63% das crianças entre 1 a 5 anos, segundo o Ministério da Saúde. Bem abaixo da meta, que é de 95%.
A grande preocupação das autoridades em saúde é com a volta de doenças já erradicadas no país. Isso porque os índices de imunização estão baixos. Em alguns estados, estratégias como essa feita em Goiás, “o Dia D de vacinação”, pretendem aumentar a cobertura vacinal.
“As vacinas se mostraram as medidas, ou a medida, mais eficaz, segura e barata para controle de doenças”, explica o infectologista da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri.
com informaçõe do g1
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