Um dos principais patrimônios de Itabuna, o Rio Cachoeira deverá, em fim, ter suas águas despoluídas. Um Termo de Cooperação foi assinado, na quarta (1), entre o prefeito Augusto Castro (PSD) e a Emasa. Os projetos de despoluição envolvem as secretarias municipais de Planejamento, Agricultura e Meio Ambiente, além do Portal Santo Agostinho. O ato no Centro Administrativo Firmino Alves teve a participação de representantes da empresa dinamarquesa Ramboll, que atua com soluções ambientais no Brasil.
“O Rio Cachoeira é um patrimônio de Itabuna. A Emasa tem projeto pronto de expansão da cobertura do saneamento e preservação do Cachoeira. Este projeto tem três eixos centrais, prevê quatro estações de captação de esgoto em tempo seco. Ou seja, o esgoto não cairá mais no rio. Não será solução 100%, mas em torno de 60% e vai conservar o rio. Com isso, Itabuna sai na frente em capacidade operacional”, disse o prefeito.
Segundo o gestor, os outros municípios da bacia hidrográfica vão se juntar a esse projeto, com as universidades, a Associação dos Municípios da Região Cacaueira (Amurc) e o setor privado. “Quando se investe em saneamento, diminui o custo da saúde pública”, afirmou.
DIAGNÓSTICO
Durante encontro que debateu o tema, na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), foi apresentado um diagnóstico ambiental pela arquiteta Alejandra Devecchi, representante da Ramboll Environ, contratada pela Portal Santo Agostinho. “Os excrementos do rebanho bovino em alguns municípios que compõem a bacia contribuem para a poluição do rio. A bacia tem 425 mil cabeças de gado, o que já é um alerta, pois, não é somente o lançamento do esgoto urbano que polui o Cachoeira”, explicou.
Ela apontou os lixões como um problema grave, com exceção de Itabuna, que hoje tem o apoio de um aterro sanitário certificado que processa todo o resíduo que sai da cidade. “Precisamos fazer a gestão das reservas legais. Cada proprietário rural é obrigado a recuperar 20% de sua área com mata”, enfatizou.
“Cobrimos 27 municípios que influenciam na Bacia do Rio Cachoeira. Nessa renovação, já colocamos novas metas, entre as quais ter 90% de tratamento de esgoto em cada sede urbana até 2033. A outra meta é ter 99% de água tratada nas cidades atendidas pela Embasa”, garantiu, na Uesc, o gerente regional da Embasa, Felipe Madureira.
Com informações da Emasa
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