Criticado por ter divulgado a abertura do McDonald’s na conta oficial do município, o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre (PSD), virou alvo de representação no Ministério Público Federal (MPF). Isso por, supostamente, beneficiar os empresários que controlam o fast-food na cidade.
Segundo informações, em 2022, o prefeito firmou parceria com a MR Comércio de Alimentos para a requalificação da Praça Castro Alves. Um dos sócios da empresa é Camilo de Lelis Watson de Souza e Carvalho, que também tem participação na G2 Investimentos, uma das organizações que proporcionou a vinda do McDonalds para Ilhéus. A companhia e o Grupo Chaves são donos do Ipê Boulevard, espaço que está sendo construído, mas que já tem a lanchonete como um dos seus principais atrativos.
Ao divulgar o McDonald’s nas redes sociais, a prefeitura afirma que se tratava de uma parceria público-privada (mesmo argumento usado na requalificação da praça na cidade). Vale lembrar que o projeto “Adote uma Praça” é alvo de representação no MPF, que condena a privatização de espaços públicos.
O Instituto Nossa Ilhéus pediu o envio dos contratos e dos instrumentos que regulam essa relação, não sendo atendido. O projeto não contava com apoio da população, tanto que foi também alvo de um abaixo-assinado e protestos.
Professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Felipe de Paulo afirmou que, na falta de entregas realizadas pelo poder público, o prefeito se vale das ações da iniciativa privada. “A confusão entre público e privado reina nas ações da prefeitura de Ilhéus. A comunicação pública de Ilhéus é tratada como lugar de blogueiragem das empresas”, declarou.
com informações do Metro1
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