A sociedade brasileira precisa ficar atenta às manobras dentro da Câmara dos Deputados para aprovar uma anistia geral aos bolsonaristas que invadiram Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Eles depredaram as sedes do Executivo, do Legislativo e do STF, na tentativa frustrada de dar um golpe por conta da vitória de Lula.
Em uma barganha de Arthur Lira (PP-AL) para eleger seu sucessor na Presidência da Câmara, o presidente da legenda, Ciro Nogueira (PP-PI), trocou três deputados da sigla que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na sessão desta terça (10), Carol de Toni (PL-SC) colocará em pauta o PL 2.858/2022, do ex-deputado Major Vitor Hugo, que “concede anistia a todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor desta Lei”.
Relator do PL, o bolsonarista Rodrigo Valadares (União-SE) admitiu à Globo News que o apoio dos deputados a um nome para sucessão de Lira está condicionada à aprovação do projeto de anistia. “O projeto está mais do que condicionado à eleição da presidência da casa. Está sendo condicionado o seu apoio à pauta da casa para conseguir apoio à presidência da Câmara”, disse.
DEPUTADA ALERTA
Por conta disso, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), usou as redes sociais para denunciar o novo golpe em marcha. “Vergonhoso projeto que entra em debate na CCJ da Câmara, para anistiar golpistas e terroristas do 8 de janeiro. Plantaram bomba no aeroporto, queimaram ônibus e sede da PF, depredaram Congresso, STF e Planalto. E querem que o Brasil esqueça seus crimes, a começar pelos do chefe”, escreveu a deputada no BlueSky.
com informações da Revista Fórum
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