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Povos indígenas do Extremo Sul reforçam ações da Caravana Bahia Sem Fogo

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Foto: Tiago Dantas / Ascom Sema

Para ajudar a combater incêndios no Extremo Sul da Bahia, a Caravana Bahia Sem Fogo contará com o apoio das comunidades indígenas e rurais. O trabalho valoriza os saberes tradicionais, educação ambiental e compromissos estratégicos para a prevenção aos incêndios na Mata Atlântica. Entre 16 e 20 de dezembro, a Caravana liderada pelo governo estadual esteve em territórios indígenas e comunidades rurais de Eunápolis, Belmonte, Santa Cruz de Cabrália e Porto Seguro.

O projeto faz parte do programa coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), as secretarias de Educação (SEC), Segurança Pública (SSP) e Saúde (Sesab), o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), a Casa Civil, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) e a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) e do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama), representado pela Brigada Indígena Pataxó.

Em Porto Seguro, a Aldeia Juerana compartilhou suas experiências. “Muitos incêndios vêm de fora para dentro do nosso território, são originados em condomínios e áreas agrícolas ao redor, mas também tem os da aldeia que por falta de conhecimento técnico acaba perdendo o controle sobre uma queimada. Queremos a presença contínua dos órgãos públicos e essa Caravana nos trouxe essa sensação de estarmos mais próximos destas instituições, precisamos estar juntos nessa luta para proteção ao meio ambiente. Vamos escrever uma nova história, estamos abertos e confiando que podemos mudar essa realidade”, relatou a cacica e artesã Yamani Pataxó.

DIÁLOGO E CONHECIMENTO

“O diálogo com as comunidades indígenas foi essencial para conectar saberes tradicionais e técnicos relacionados aos impactos danosos causados pelos incêndios florestais, afetando o meio ambiente, a saúde e economia dessa região. Encerramos mais uma etapa com um balanço positivo de adesão e compromisso de todos os envolvidos em adotar práticas sustentáveis, e por parte das instituições públicas de intensificar políticas e projetos de apoio a essas populações, a exemplo da formação de brigadas voluntárias, entrega de equipamentos, cursos sobre reflorestamento, entre outros”, pontuou o coordenador de Programas e Projetos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Pablo Rebelo.

Para o vice-cacique Timbó Pataxó, da Aldeia Mata Medonha (Santa Cruz de Cabrália), o projeto amplia o conhecimento, preparando crianças e adolescentes para uma visão de futuro. “Nós já somos voluntários, agora precisamos de treinamento e equipamentos, e temos uma juventude que precisa aprender essa responsabilidade, desde a escola. Eu sou mais que amante da natureza eu sou casado com ela, eu vivo dela e para ela”, disse o indígena.

Em 2024, a Caravana percorreu as regiões da Chapada Diamantina, Oeste e Norte, alcançando mais de 40 municípios e 20 mil pessoas sensibilizadas em todo o estado.

com informações da Sema

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