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Porquê Lula quer tanto antigo adversário Alckmin na vice

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Apesar das resistências dentro do PT, o ex-presidente Lula está imbuído de ter como vice, na chapa para a disputa presidencial, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Antigo e ferrenho adversário do petista, o tucano está voando para fora do PSDB.

Lula tem defendido a tese diante de interlocutores próximos. Para o petista, a composição com o antigo rival é a melhor estratégia para enfrentar quem ele vê como potencial adversário de peso em 2022: o ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro (Podemos).

“O Lula quer muito”, contou um petista bastante ligado ao ex-presidente, que pediu reserva. “Lula acha que, de fato, nosso adversário principal vai ser o Moro, e, cada vez mais, isso está evidente. A terceira via, enfim, encontrou o seu nome, depois de muita batalha”, avaliou ele ao site Metrópoles. Entre pessoas próximas a Lula, Alckmin já é chamado de “antídoto” contra um provável crescimento de Moro entre setores da elite financeira insatisfeitos com Bolsonaro (PL).

É nesse contexto que cresce a tese no PT de que é preciso “ampliar para o centro”. E essa tarefa caberia ao tucano. Lula e Alckmin têm mantido conversas. No último encontro, dia 3, o ex-presidente teria reafirmado ao ex governador o desejo de formar a chapa. Entre julho e dezembro, os dois mantiveram contatos por telefone.

RESUMO DA ÓPERA – No meio de toda essa análise, a eleição para o governo de São Paulo também é fator que Lula está considerando. Na última pesquisa do Datafolha, Alckmin lidera a disputa com 26% e Haddad está em segundo com 17%. Sem o tucano, o petista bate os demais adversários.
Alckmin vice de Lula abriria espaço para o PT vencer no estado mais poderoso do Brasil e retornar à Presidência da República. De homem forte do PSDB, o ex-governador foi sendo minado e derrotado por João Doria. Assim, o tucano veria a derrota de Doria.
Na vice, Alckmin pode atrair setores do centro, do empresariado e do mercado. Além de trazer votos do maior colégio eleitoral e ter grande projeção para futuras disputas. Mas, assim como no futebol, na política o jogo também é jogado. E tudo pode acontecer.

Com informações do Metrópoles

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