O Brasil não vai aceitar as brincadeiras perigosas de um presidente destemperado e apavorado com uma possível derrota eleitoral no domingo (30). Estranhamente, na noite desta quarta (26), Jair Bolsonaro (PL) convocou, em caráter de urgência, os três comandantes das Forças Armadas para uma reunião.

A pauta? O suposto boicote à propaganda de rádio e televisão a sua campanha. Isso depois que o TSE e especialistas recusaram a tese, mostrando que Bolsonaro não apresentou provas concretas e que a empresa não era de auditoria. Além disso, várias rádios mostraram que as inserções são registradas e podem ser checadas. Sem contar que elas pagam multas altíssimas se não cumprirem a lei.

Estiveram presentes na reunião os três comandantes militares: o general Marco Antônio Freire Gomes (Exército), o tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior (Aeronáutica) e o almirante Almir Garnier Santos (Marinha). O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, também compareceu na reunião junto de Anderson Torres (Justiça), Célio Faria (Secretaria de Governo) e Carlos França (Relações Exteriores).

SINAIS DE GOLPE

Mais estranho é que, logo após o encontro, o presidente conversou com a imprensa e anunciou que irá recorrer “às últimas consequências” da decisão do presidente do TSE Alexandre de Moraes de arquivar a ação envolvendo as rádios. Em sua decisão, o magistrado afirma que Bolsonaro não tem provas e se baseia em “um levantamento de empresa não especializada em auditoria”.

A reunião urgente do presidente com os comandantes militares provocaram rumores de uma ação mais drástica de Bolsonaro, que chegou a mudar totalmente o seu roteiro para voltar a Brasília em poucas horas.

Durante a entrevista, Bolsonaro chegou a dizer que tem provas “contundentes” de que foi prejudicado por terem sido transmitidas mais inserções de Lula do que dele em algumas regiões. Mas, não apresentou essas provas.

com informações do iG