Após as conclusões das investigações, a Polícia Federal decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos inquéritos que apura a venda ilegal de joias no exterior e no que investiga a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19. Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, o pedido de indiciamento foi concluído nos últimos dias e deve ser remetido nesta quinta (4) à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), investigados passam à condição de indiciados quando o inquérito policial aponta um ou mais indícios de que cometeram crime. O indiciamento se baseia em evidências colhidas em depoimentos, laudos periciais e escutas telefônicas, entre outros instrumentos de investigação. Depois, o Ministério Público passa a analisar se há ou não provas contra o indiciado. Se considerar que há provas, o promotor de Justiça apresenta denúncia à Justiça.
Também tiveram pedido de indiciamento aliados e auxiliares do ex-presidente, como os advogados Fabio Wajngarten e Frederico Wasseff, e o tenente-coronel Mauro Cid, que fez acordo de delação premiada com a PF. Apesar dos pedidos, a PF não vai pedir a prisão preventiva de nenhum dos indiciados, de acordo com Igor Gadelha.
NOVA JOIA
De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a nova joia “robusteceu a investigação” que pode levar Bolsonaro à cadeia. A investigação encontra-se no estágio final e deve resultar no indiciamento do ex-presidente por peculato, com pena de 2 a 12 anos de prisão e multa. Se a sentença for superior a 8 anos, ele terá que cumprir pena em regime fechado na cadeia.
Segundo as investigações, emissários de Bolsonaro tentaram vender quatro joias nos EUA: duas presenteadas pela Arábia Saudita e outras duas pelo Bahrein. Para a PF, trata-se de organização criminosa montada em torno do ex-presidente com o objetivo de desviar os objetos de luxo.
Relógios das marcas Rolex e Patek Philippe, avaliados em 68 mil dólares à época (R$ 347 mil), foram vendidos para a empresa Precision Watches. Mauro Cid esteve pessoalmente em Wilson Grove (Pensilvânia) pra fazer o negócio. Os federais estão em posse de um comprovante de depósito encontrado no celular do ex-ajudante de ordens.
com informações da Revista Fórum
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