Nos bastidores de Brasília está em curso uma movimentação do PL, através do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, para tentar anistiar Jair Bolsonaro. O ex-presidente da República tem uma sentença na Justiça Eleitoral, que o deixou inelegível por oito anos. Além disso, outros inquéritos podem levá-lo para cadeia: cartão de vacinação falsificados, objetos furtados do acervo da Presidência e mandados para o exterior para serem vendidos e o da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2013.
O PL quer anistiá-lo para restituir seus direitos políticos. Valdemar Costa Neto tem se reunido com várias lideranças do Congresso. Com a sigla tendo maior número de deputados na Câmara (95) e o segundo maior contingente no Senado (13), ele tem dito aos candidatos às presidências da Câmara e do Senado que apoio do bloco maciço de deputados e senadores para suas eleições só será autorizado, e se concretizará, caso aceitem um acordo para votar uma anistia a Bolsonaro assim que assumirem suas funções, se eleitos.
Trata-se de uma chantagem, pois são 90 votos na Câmara e 13 votos no Senado que podem dar a vitória a um dos candidatos às presidências das duas casas. No Senado, quem trabalha essa estratégia, por orientação de Costa Neto, é o senador Rogério Marinho (PL-RN). O deputado Altineu Cortes (PL-RJ) faz o mesmo na Câmara. Além disso, a ideia absurda de impedir punições a Bolsonaro e deixá-lo solto e inelegível ganha força no União Brasil, Republicanos e PP.
Para evitar que isso aconteça, setores ligados ao governo, de interlocução com o parlamento, e as bancadas governistas na Câmara e no Senado já se articulam para garantir que alguém que tentou um golpe de Estado siga fora das urnas e responda pelos crimes cometidos.
com informações da Revista Fórum
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