Em fase de conclusão do processo, a Polícia Federal (PF) deve indiciar ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo fontes da PF, o inquérito será concluído até agosto e tem elementos suficientes para indiciar também o ex-ministro Braga Netto e generais.
Nas investigações, a PF apurou que Bolsonaro chegou a discutir o conteúdo de uma minuta de golpe com assessores e pediu ajustes no documento, que ele remeteu depois a generais e comandantes das Forças afim de convencê-los à investida ao golpe.
Diálogos captados pela investigação mostram que o ex-ministro da Defesa, Braga Netto xingou o então comandante do Exército, general Freire Gomes, que resistia em aderir ao golpe. Paulo Sergio Nogueira, ex-ministro da Defesa, que também será indiciado, e o general Augusto Heleno, ex-GSI, aparecem em gravação discutindo com o ex-presidente estratégias para mantê-lo no poder.
Mas, a investigação não pretende pedir a prisão de nenhum dos indiciados. Este cenário só deve mudar se algum requisito legal vier a se desobedecido, como uma coação de testemunha.
JOIAS E CARTÃO DE VACINA
No relatório final da Polícia Federal aparecerá uma cadeia de acontecimentos para demonstrar que outras investigações estão relacionadas a tentativa de golpe de estado, como a compra e venda de joias no exterior e a fraude no cartão de vacina do ex-presidente e familiares.
Vale lembrar que, em um ato político no mês de fevereiro deste ano, Jair Bolsonaro discursou em São Paulo e comentou o caso: “Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha a santa paciência”.
com informações da CNN Brasil
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