Ao indiciar Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas, a Polícia Federal (PF) apontou o ex-presidente como “líder” do grupo que organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas. É o que consta no relatório final de 884 páginas da PF sobre o plano de golpe de Estado no Brasil e para assassinar o presidente Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

No documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal disse que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” da organização criminosa apontada pela investigação. E que, apesar de transitar em todos os núcleos, ele “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral (núcleo A)”.

O relatório está sob sigilo com o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito. Mas, a CNN teve acesso a informações do documento. No relatório, a PF aponta, ainda, que “o objetivo da orcrim [organização criminosa] era manter Bolsonaro no poder”.

AÇÃO DA PGR EM FEVEREIRO

Agora, a expectativa é quanto à avaliação da Procuradoria-Geral da República (PGR), para oferecer a denúncia ao STF. O procurador-geral Paulo Gonet disse a interlocutores que ‘dificilmente’ concluirá, neste ano, a análise do material apresentado pela Polícia Federal.

Segundo informações obtidas pelo portal R7, junto a fontes na PGR, a decisão deve ser tomada em fevereiro de 2025. A análise do material também levará em conta outras investigações, como o extravio de joias sauditas e fraude no cartão de vacina.

com informações da CNN Brasil e R7