A descoberta de um novo grupo sanguíneo, denominado MAL, deve impactar o processo de transfusão de sangue. Pesquisadores britânicos divulgaram o feito em artigo na revista acadêmica Blood, da Sociedade Americana de Hematologia. Os cientistas são do sistema público de saúde do Reino Unido (NHS Blood and Transplant), do seu laboratório especializado (International Blood Groups Reference Laboratory), e da Universidade de Bristol. Eles resolveram um mistério que existia há 50 anos.
O grupo sanguíneo MAL possibilita a identificação e o tratamento das pessoas que não têm um antígeno pouco conhecido, mas já mapeado há décadas, denominado AnWj, em homenagem às duas primeiras pessoas de que se teve conhecimento que eram AnWj negativas (Anton e Wj).
Esse novo grupo sanguíneo é identificado pela proteína Mal, que se encontra na superfície dos glóbulos vermelhos do sangue. As pessoas que são AnWj negativas apresentam essa proteína de forma incompleta, o que pode ser hereditário (e aparecer em pessoas saudáveis) ou motivado por distúrbios hematológicos ou alguns tipos de câncer.
Se pessoas que são AnWj-negativas receberem sangue AnWj-positivo, podem ter uma reação na transfusão. “Essa pesquisa permite o desenvolvimento de novos testes de genotipagem para detectar tais indivíduos raros e reduzir o risco de complicações associadas à transfusão”, diz a nota da Universidade de Bristol.
com informações da Agência Brasil
Compartilhe no WhatsApp
Comments