Mesmo sem Carnaval, a agitação se intensifica na política baiana. Depois do PSB, quem subiu o tom contra a possível mudança na chapa governista para as eleições de outubro foi o PCdoB da Bahia. A legenda emitiu nota à imprensa criticando o processo que pode terminar com a troca do nome de Jaques Wagner (PT) por Otto Alencar (PSD).
“Consideramos equivocado o processo em curso de discussão e definição das candidaturas majoritárias da base do governo estadual. Não é admissível que os partidos do campo do governo não sejam consultados e só tenham conhecimento pela imprensa de articulações e supostas definições tão importantes”, diz um trecho do documento assinado pelo presidente da legenda, Davidson Magalhães.
“O PCdoB não teve participação nas soluções especuladas que vieram a público. Consideramos fundamental o envolvimento de todos os partidos do bloco do governo para as decisões, o que vai ajudar na construção da unidade necessária para a batalha eleitoral que se avizinha”, assinala outro ponto.
A mudança de rumo repentina na base governista se deu a partir do dia 15 de fevereiro, quando aconteceu uma reunião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o governador Rui Costa e os senadores Jaques Wagner e Otto Alencar (PSD).
A íntegra da nota:
1 – Primeiramente, consideramos equivocado o processo em curso de discussão e definição das candidaturas majoritárias da base do governo estadual. Não é admissível que os partidos do campo do governo não sejam consultados e só tenham conhecimento pela imprensa de articulações e supostas definições tão importantes.
2 – O PCdoB não teve participação nas soluções especuladas que vieram a público. Consideramos fundamental o envolvimento de todos os partidos do bloco do governo para as decisões, o que vai ajudar na construção da unidade necessária para a batalha eleitoral que se avizinha.
3 – Achamos imprudente que o debate sobre a sucessão seja feito por meio de veículos de comunicação, quando o caminho mais correto seria a convocação do Conselho Político das forças que alcançaram vitórias sucessivas no passado recente.
4 – Esclarecemos que o partido ainda não tomou posição sobre a composição da chapa majoritária, diferente do que foi divulgado por alguns meios de comunicação, e que só o fará após diálogos com os partidos e debate interno na nossa direção estadual, ao tempo que afirmamos não haver veto aos nomes levantados para a disputa.
5 – Por fim, conclamamos a base aliada a debater o processo em curso nos fóruns adequados, forma mais correta de alcançarmos mais uma vitória contra as forças do atraso.
Com informações do Bahia Notícias
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