Quando o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, falou em passar a boiada, deu a senha para quem ganha com a destruição da Floresta Amazônica. Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foi desmatado, no mês de junho, 926 quilômetros quadrados. Os novos dados foram divulgados nesta segunda (19).
De agosto de 2020 a julho de 2021, a área desmatada é de 8.381 quilômetros quadrados, com Amazonas e Pará liderando o ranking dos maiores devastadores da floresta, respondendo por 61% do total, considerando os nove estados da chamada Amazônia Legal: foram 568 quilômetros quadrados retirados de floresta. O desmatamento acumulado nos últimos 11 meses é 51% maior que o registrado entre agosto de 2019, e junho de 2020.
A análise dos dados é feira de agosto de um ano a julho do ano seguinte, para acompanhar o regime de chuvas na região, informa a instituição. “Já vínhamos acompanhando esse aumento do desmatamento mensalmente, com recordes negativos. As áreas desmatadas em março, abril e maio foram as maiores dos últimos 10 anos para cada mês. E, se analisarmos apenas o acumulado em 2021, o desmatamento também é o pior da última década”, diz o pesquisador do Imazon Antônio Fonseca.
Para calcular o desmatamento, o Imazon se utiliza de informações de satélite e radar. Segundo o comunicado do Instituto, Amazonas e Pará, os dois estados onde a supressão de vegetação foi maior em junho,
A nota do Imazon diz que o avanço do desmatamento em florestas do Amazonas tem se intensificado nos últimos anos, com a presença de municípios e assentamentos dessa região aparecendo nos rankings dos que mais desmataram a Amazônia Legal, incluindo áreas protegidas, como unidades de conservação e terras indígenas, o que agrava mais o cenário.
O instituto detectou, também, que 63% do desmate ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, 22% em assentamentos, 13% em unidades de conservação e 2% em terras indígenas. Já as florestas degradadas somaram 50 km² em junho, sendo 94% da degradação detectada no Mato Grosso e 6% no Pará.
Com informações do G1
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