Após os relatos sobre a situação dos yanomamis em Roraima (que sofrem com casos de desnutrição e malária), o Ministério Público Federal (MPF) aponta que a tragédia é resultado da omissão do Estado brasileiro em assegurar a proteção de suas terras. Sem citar nomes, fica claro que se trata do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O órgão emitiu nota pública, divulgada nesta segunda (23), pela Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF, órgão vinculado à Procuradoria-Geral da República. “Com efeito, nos últimos anos verificou-se o crescimento alarmante do número de garimpeiros dentro da TI Yanomami, estimado em mais de 20 mil pela Hutukara Associação Yanomami”, observa a nota.
O MPF afirma que recomendou à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e ao DSEI Yanomami a reformulação do planejamento institucional, a contratação de mais profissionais de saúde para as áreas estratégicas e o desenvolvimento de planos de ação para os principais agravos de saúde.
Durante a pandemia, foi ajuizada ação civil pública contra a União, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). “Não obstante os esforços empreendidos, as providências adotadas pelo governo federal foram limitadas”, afirma.
com informações do Metrópoles
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