Com acesso aos relatórios de monitoramento do administrador judicial da Americanas, o portal Uol divulgou que, desde o início do ano, após o pedido de recuperação judicial aceito, a empresa fechou 29 lojas e demitiu mais de 5 mil funcionários.
A varejista terminou o mês de abril com 1.851 unidades, sendo que, em janeiro, eram 1.880. As 5.025 demissões representa cerca de 11% do total de funcionários. A empresa tinha 43.123 funcionários e, até 21 de maio o quadro estava em 38.098.
Acompanhando a situação, a Federação dos Comerciários da Bahia (FEC Bahia) vê com preocupação. “Fruto de maquiagem contábil para favorecer alguns acionistas, com recebimentos de dividendos, a Americanas enfrenta uma batalha para se manter no mercado. A receita é sempre a mesma: os trabalhadores pagando o preço com a perda dos seus empregos, enquanto os responsáveis pelos crimes continuam ricos, com os dividendos roubados da empresa, e em liberdade”, criticou Jairo Araújo, presidente da entidade, e lembrou que entidades nacionais de comerciários entraram com ação na Justiça para preservar os direitos dos funcionários.
CLIENTES E INVESTIMENTOS
O relatório mostra que a empresa perdeu cerca de 3,2 milhões de clientes: caiu de 48,3 milhões, em janeiro, para 45,1 milhões em abril. Os galpões da empresa estão operando com metade da capacidade, sendo que a ocupação caiu para 54% em abril.
Ainda de acordo com o documento, os investimentos da companhia caíram mais de 90% (de R$ 177 milhões, em dezembro de 2022, reduziu para R$ 7,2 milhões, em abril de 2023). Desse montante, apenas R$ 18.265 foram para a operação digital. O pagamento a fornecedores agora ocorre em cerca de uma semana. O prazo chegou a ser de 124 dias em janeiro, e caiu para seis dias em março, e oito dias em abril de 2023.
com informações do UOL
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