Mais uma vez, o Brasil vê o Banco Central (BC) dificultar para a economia, os setores produtivos e o governo Lula. Nesta quarta-feira (22), o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. Lembrando que o Brasil tem a maior taxa real de juros do mundo: 7,38%.
“Quem trabalha em qualquer setor do varejo sabe bem como é essa história de juros altos. Sabe que diminuem as vendas, prejudicando o comércio e a categoria”, diz o presidente da Federação dos Comerciários da Bahia (FEC Bahia), Jairo Araújo.
Ainda segundo o dirigente, os juros nesse patamar desestimulam o consumo e encarecem linhas de crédito para as empresas, que precisam de capital de giro para se manterem vivas diariamente. “Com a Taxa Selice nas alturas, a economia desacelera, o consumo cai e os consumidores fazem menos empréstimos e financiamentos, muito usados para a compra de vários produtos”, afirma.
Outro absurdo que os juros altos produz é aumentar a inadimplência. As pessoas buscam pagar seus débitos em vez de consumir. Mas, com esses juros, a dívida vira uma “bola de neve”.
Estudo da Serasa Experian mostra que em cinco anos, o número de brasileiros inadimplentes passou de 59,3 milhões para 70,1 milhões, um recorde na série histórica. O valor das dívidas também cresceu. Em média, cada inadimplente deve R$ 4.612,30. Em janeiro de 2018, era R$ 3.926,40, um crescimento de 19% no período.
“Diante desse quadro, a FEC Bahia se associa às centrais sindicais e entidades do setor produtivo para repudiar a decisão do Banco Central, de manter a Taxa Selic em 13,75% ao ano. Bancos públicos devem ajudar o governo a desenvolver a economia. O BC não pode sabotar a economia, o comércio, o governo (que tem tomado medidas para retomar o crescimento econômico) e o povo brasileiro”, enfatiza Jairo.
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