Por determinação de Jair Bolsonaro (PL), as Forças Armadas tentam tensionar as eleições com denúncias infundadas de fraudes nas urnas eletrônicas. Em junho, os militares enviaram novo ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo acesso a arquivos das eleições de 2014 e 2018, em que o presidente insiste que houve fraude. Os militares pedem ainda informações sobre o sistema Vota, responsável pela coleta e apuração de votos na seção eleitoral.
Em conversa com apoiadores, Bolsonaro chamou o atual presidente da corte, ministro Edson Fachin, de “ditador do Brasil” e confirmou que está por trás da ofensiva das Forças Armadas contra a justiça eleitoral. “O TSE convidou as Forças Armadas para participar de uma comissão de transparência eleitoral. Só que eles não entenderam que o chefe supremo sou eu. E eu determinei às Forças Armadas, junto a seu comando de segurança cibernético, que fizesse o trabalho que tinha que ser feito dentro do TSE”, afirmou.
No ofício enviado ao TSE, as Forças Armadas afirmam que o objetivo “é permitir a execução das atividades de fiscalização do processo eleitoral”. Ao jornal Folha de S.Paulo, o Ministério da Defesa disse que as informações “são fundamentais para que os militares estudem os parâmetros e a estrutura do sistema eletrônico de votação para que possam realizar os trabalhos de fiscalização de forma técnica, séria e colaborativa”.
Vale lembrar que é a primeira vez que os militares contestam o sistema de votação eletrônico, implantado há 25 anos no Brasil. Essa atitude faz parte do plano das Forças Armadas de criar um plano de fiscalização paralela das eleições, a mando de Bolsonaro. Segundo Felipe Frazão, do jornal O Estado de S.Paulo, o plano é dividido em oito etapas, seguindo por todo o processo eleitoral, e precê uma contagem paralela dos votos.
RESUMO DA ÓPERA – É inacreditável essa preocupação e a pressão permanentes das Forças Armadas sobre o TSE . Elas sempre atuaram na segurança externa do processo eleitoral. Estranho para quem nunca questionou todas as eleições realizadas com urna eletrônica. E lamentável ver a imagem dessas instituições sendo diminuída por esta postura submissa ao presidente da República, que não governa, não tem projeto para o Brasil e está desesperado com os resultados das pesquisas eleitorais. Vemos uma distorção do papel das Forças Armadas, que poderiam usar esse tempo e essa energia para ver como melhorar a proteção das fronteiras do País, impedindo a entrada de armas contrabandeadas e drogas, que ajudam a aumentar a violência contra a população. Poderiam ainda fazer um plano para ajudar as polícias civil, militar e federal para combater a criminalidade nas cidades brasileiras. As eleições já temos quem cuide, e muito bem!
Com informações da Folha de S.Paulo e do Estadão
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