Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados no dia 15, mostram que os homicídios voltaram a crescer no Brasil, após dois anos em queda. Foram notificados 50.033 assassinatos no País durante a pandemia, representando uma morte a cada dez minutos e 4,8% a mais em relação a 2019, que registrou 47.742 vidas eliminadas.
Segundo o Fórum, é o reflexo de mais armas de fogo nas mãos de civis, rearranjos na disputa do crime organizado e cenários de tensão entre policiais e governos estaduais.
É a primeira vez que as mortes violentas sobem durante o governo Bolsonaro, fazendo a taxa do Brasil chegar a 23,6 homicídios por 100 mil habitantes em 2020. Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, e são sistematizados com base em registros policiais de cada Estado.
Segundo o Fórum, o mau desempenho geral foi puxado por homicídios comuns (que subiram 6%, passando de 39,7 mil para 42,1 mil casos) e pela letalidade policial (de 6,3 mil para 6,4 mil, ou 1% maior). Os assassinatos de agentes de segurança também cresceram, de 172 para 194 casos, e a alta das mortes violentas aconteceu em 16 das 27 unidades federativas, especialmente na região Nordeste.
RESUMO DA ÓPERA – Coincidentemente, a alta acontece em plena vigência do governo cujo presidente defende a tese de que se combate violência com armas nas mãos da população (provalmente quem pode comprar ou rouba armas). É imaginar que pessoas pobres, trabalhadoras e negras (as maiores vítimas) terão condições de comprar uma arma que custa, em média, R$ 4 mil, e fazer frente a marginais e quem anda armado.
Com informações de O Estado de S.Paulo
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