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Paga pra ver Aras ir ao STF contra medidas armamentistas de Bolsonaro?

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As pessoas até se surpreendem por conta de atitudes pró-Bolsonaro do procurador-geral da República, Augusto Aras. Mas, segundo o colunista do Metrópoles, Gulherme Amado, ele questionará nos próximos dias, no STF, as medidas do governo que flexibilizaram o porte de armas no país.

O objetivo é reduzir o alcance da população a armas de alto calibre, como fuzis. Desde o início do mandato, em 2019, Jair Bolsonaro (PL) tem tomado medidas de caráter armamentista, por meio de decretos presidenciais e portarias de ministérios. Isso facilitou a compra de armas e afrouxou as regras para Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). E fez com que o registro e a importação de armas de fogo batessem recordes no Brasil.

Atualmente, o tema está parado no STF há cinco meses, por iniciativa do ministro Nunes Marques, indicado por Bolsonaro à corte. Em setembro passado, Marques interrompeu o julgamento de 12 ações no tribunal que questionavam decretos pró-armas de Bolsonaro. Apenas uma parte desses decretos havia sido suspensa por decisões da ministra Rosa Weber.

Segundo interlocutores, Aras discorda da flexibilização de acesso a armas de alto calibre. Uma das preocupações é que essa artilharia pesada pare na mão de criminosos. O próprio presidente é entusiasta de fuzis e disse em uma live que tem dois no Palácio da Alvorada. Meses antes, Bolsonaro declarou que todo mundo tem de comprar fuzil, e chamou de “idiota” quem defende que é melhor comprar feijão.

RESUMO DA ÓPERA – Alguém paga para ver se Aras vai cumprir o que diz? Até porque, em outras situações igualmente absurdas, ele esbravejou, mas não tomou nenhuma medida que contrariasse o presidente. É aguardar!

Com informações do Metrópoles

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