Mais um episódio de divergências entre os chefes de poder no Brasil: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou em entrevista coletiva, nesta sexta (6), a proposta do presidente Jair Bolsonaro de contratar uma empresa privada para fazer uma auditoria do processo eleitoral.
Em sua live quinta pelas redes sociais, Bolsonaro afirmou que o seu partido PL contratará uma empresa para fazer auditoria nas eleições. “Até adianto para o TSE: essa auditoria não vai ser feita após as eleições. Uma vez contratada, ela já começa a trabalhar. A empresa vai pedir ao TSE, com toda certeza, uma quantidade grande de informações” declarou o presidente.
Para o senador, “não cabe” a outra instituição ou a uma empresa privada atuar sobre o processo eleitoral. “A responsabilidade pelo processo eleitoral cabe a uma Justiça especializada no Brasil, liderada pelo TSE, tem uma estruturação Brasil afora, que é a Justiça Eleitoral. A ela cabe a confiança dos brasileiros e da sociedade sobre a higidez do processo eleitoral, do processo de apuração das eleições […]. Não cabe a nenhuma entidade privada ou outra instituição a participação na contagem ou recontagem de votos porque esse é um papel da Justiça Eleitoral”, afirmou.
Questionado sobre declarações de Bolsonaro contra o sistema eleitoral, Pacheco disse que “questionamentos que não têm justa causa” atrapalham as instituições. “Todo o questionamento institucional às instituições, questionamentos que não têm justa causa, não tem lastro probatório ou legitimidade são questionamentos que não contribuem e, consequentemente, podem, sim, atrapalhar o bom andamento das instituições”, declarou.
RESUMO DA ÓPERA – A urna eletrônica fará 26 anos em outubro. São várias eleições até hoje, sem qualquer questionamento, inclusive de Jair Bolsonaro, eleito várias vezes por esse sistema. Até porque, são auditadas pelos partidos e por entidades respeitadas. Segundo o Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral Internacional (Idea) – organização intergovernamental com 34 países-membros, como Suíça, Portugal, Noruega, Austrália e Canadá, além do Brasil –, o voto eletrônico é adotado por pelo menos 46 nações. Mostrando incapacidade para governar e resolver os graves problemas do Brasil, Bolsonaro coloca como grande questão do País o voto eletrônico, tudo para desviar o foco da sua desastrada gestão.
com informaçõs do G1
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