Depois do ministro das Comunicações, Fábio Faria, que esteve em uma conferência de evangélicos, em Orlando, com o blogqueiro Allan dos Santos, foi a vez de outro ministro do governo Bolsonaro encontrar o jornalita foragido da Justiça: Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência.
Na sexta (25), ele participou participou de um evento com o blogueiro bolsonarista, que está nos Estados Unidos há cinco meses. Em outubro do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva do ativista, que é dono do Canal Terça Livre.
Durante o 1º Congresso Conservador Brasileiro de Boston, Lorenzoni realizou uma videoconferência por pouco mais de 40 minutos. A participação foi revelada pela coluna do Guilherme Amado, no portal Metrópoles, e confirmada pelo GLOBO.
O ministro atacou os governos petistas e afirmou que ele foi pautado por uma ideologia, “sem compromisso com o povo”. Onyx também cita princípios e valores cristãos e exalta “o sentimento de patriotismo”, além da “valorização da família”. Por fim, ele aparece no telão rezando enquanto Allan dos Santos ora no palco ao lado de um pastor.
CRÍTICA INDIRETA
Sem citar Moraes, Allan dos Santos falou em “censura” durante seu discurso e afirmou que não vai se calar. Ele é investigado em dois inquéritos: o de fake news e o das milícias digitais. Na internet, foi banido do Twitter, do Facebook, e do YouTube, além de ter o blog Terça Livre suspenso. Recentemente, o ministro do STF cobrou do Ministério da Justiça informações sobre o processo de extradição do blogueiro.
O deputado federal Daniel Silveira (União-RJ) também consta entre os participantes, embora não seja possível identificá-lo na transmissão do evento. O parlamentar foi preso em fevereiro do ano passado por atacar ministros do STF.
Onyx Lorenzoni é o segundo ministro a prestigiar o blogueiro foragido neste ano. Em janeiro, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, se encontrou com Allan dos Santos em um evento evangélico nos EUA, no qual sentaram lado a lado. Pouco depois, se atacaram publicamente. O ativista disse, na ocasião, que não confiava em Faria e ironizou o fato de ele ter sido investigado por suspeita de repasses pela Oderbrecht de verbas de caixa 2.
com informações de O Globo e Poder360
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