Depois da divulgação de que Paulo Guedes teria R$ 50 milhões em paraiso fiscal, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Otto Alencar (PSD) cogita convocar o ministro da Economia para explicar a offshore que mantém ativa mesmo após assumir a pasta.
O caso foi revelado no domingo (3) pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, com a colaboração de veículos brasileiros. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também manteve offshores mesmo após assumir o cargo em 2019.
Ao BNews, Alencar disse que ainda aguarda uma manifestação de Guedes. “Tô aguardando manifestação do ministro Paulo Guedes se ele financiou, fez investimentos nas contas dele no exterior. Se fez, infringiu a lei brasileira”, afirmou.
O problema não é ter uma offshore no Brasil (desde que seja declarada à Receita Federal e ao BC, e o dinheiro tenha origem lícita), mas, quem tem cargo público está sujeito a regras para impedir o autofavorecimento.
DEMISSÃO
Na avaliação do senador, o ministro Paulo Guedes poderia ser demitido. “As duas maiores autoridades da Economia do país com offshores é uma coisa estranha. Em qualquer país do mundo, ele [Guedes] seria demitido”, disse.
Políticos de oposição ao governo Bolsonaro querem convocar o ministro para explicar se fez investimentos na offshore que mantém em um paraíso fiscal, enquanto esteve à frente da pasta.
Com informações do BNews
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