Mesmo que a situação seja considerada globalmente moderada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, neste sábado (23), que a varíola dos macacos (monkeypox) tornou-se a nova emergência de saúde global. A resolução foi tomada, sem consenso, em reunião do Comitê de Emergência da Varíola dos Macacos na última quinta (21).
Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a decisão foi tomada para melhorar a resposta internacional ao vírus, que se espalhou por mais de 75 países. O dirigente destacou que foram cinco elementos que embasaram a decisão:
1) As informações fornecidas pelos países mostram que o vírus se espalhou rapidamente, inclusive para muitos países que não o viram antes;
2) Os critérios para declarar uma emergência de saúde pública de interesse internacional foram atendidos;
3) O parecer do Comitê de Emergência, que não chegou a um consenso;
4) As evidências e informações relevantes sobre a doença, que ainda são insuficientes;
5) O risco para a saúde humana, disseminação internacional e o potencial de interferência no tráfego internacional de pessoas.
No momento, existem mais de 16 mil casos da doença já foram relatados em 75 países, com cinco mortes, informou o diretor-geral da OMS. No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou, até quinta (21), cerca de 592 casos confirmados.
COMBATER A DISCRIMINAÇÃO
A OMS separou quatro grupos de países a depender da situação epidemiológica e lançou diretrizes para trazer eficácia ao combate à doença. “Além de nossas recomendações aos países, também peço às organizações da sociedade civil, incluindo aquelas com experiência no trabalho com pessoas vivendo com HIV, que trabalhem conosco no combate ao estigma e à discriminação”, disse Tedros Adhanom .
Ele afirmou que o risco no mundo é relativamente moderado, exceto na Europa, onde é alto. “Embora eu esteja declarando uma emergência de saúde pública de interesse internacional, no momento este é um surto que se concentra entre homens que fazem sexo com homens, especialmente aqueles com múltiplos parceiros sexuais”, disse Adhanom, afirmando que existe também um risco claro de maior disseminação internacional, embora o risco de interferência no tráfego internacional permaneça baixo no momento.
com informações do G1
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