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Número de crianças internadas por desnutrição é o maior desde 2012

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A falta de políticas públicas e o desmonte dos programas sociais, por parte dos governos recentes, coloque em risco o futuro do País. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria, com base nos dados do Ministério da Saúde entre 2012 e 2022, mostra que o Brasil não tem avançado no combate à desnutrição infantil. Diariamente, em média, 11 crianças menores de 5 anos são internadas por desnutrição no país. Nos últimos anos, a internação de crianças dessa faixa etária por desnutrição oscilou, mas em 2022 voltou a patamares de 10 anos atrás.

O Nordeste concentra a maior parte dos casos: quase 36% do total. Na Bahia, o número de crianças internadas por desnutrição foi maior que no Centro-oeste, Norte e Sul. O estudo mostra ainda que, no ano passado, 19 estados e o Distrito Federal registraram aumento de internações.

“A desnutrição é uma doença que tem raízes profundas na desigualdade social. Especialmente nos últimos quatro anos, intensificados pela pandemia, houve um empobrecimento dessa população e uma dificuldade de acesso ao alimento de qualidade – o alimento ou a comida de verdade. Uma criança desnutrida é uma criança muito mais suscetível a infecções corriqueiras e, portanto, mais suscetível também a mortes por infecções de causas evitáveis, como diarreia, pneumonias”, afirma a pediatra Maria Paula de Albuquerque.

Especialistas afirmam que o combate a esse problema precisa mobilizar diferentes ações governamentais para diminuir desigualdades e divulgar informações. “É preciso entender que isto é um problema de saúde pública, é um problema que interferirá na sociedade do futuro se nós permitirmos que a criança continue desnutrida. Nós temos que estimular o aleitamento materno. Nós sabemos que o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, e complementar com alimentos que vão ser introduzidos gradativamente até o segundo ano de vida, mas mantendo o aleitamento materno, é uma grande ação de prevenção à desnutrição”, explica Clóvis Francisco Constantino, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

com informações do g1

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