Segundo o presidente do Superior Tribunal Militar, general Luís Carlos Gomes Mattos, os militares não devem se meter com as eleições de outubro. Ele afirmou, nesta quarta (27), que a instância responsável pelo funcionamento das eleições é a Justiça Eleitoral.
Para Mattos, a missão das Forças Armadas é garantir que o processo seja legítimo e tenha respaldo popular. “Nós temos uma Justiça Eleitoral, e ela é a responsável pelo funcionamento real daquilo [eleições]. Nossa missão é diferente, não temos que nos envolver. Temos que garantir que o processo seja legítimo e tudo. Essa é a missão das Forças Armadas”, afirmou o militar a jornalistas na cerimônia em que se despediu do tribunal.
É mais uma posição contrária ao presidente Jair Bolsonaro, que tem usado o Ministério da Defesa – convidado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a comissão de transparência das eleições – para encampar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas e propor alterações, já incorporadas ou rejeitadas, ao sistema eleitoral.
RESPALDO POPULAR
Questionado sobre a preocupação com a violência política durante o período eleitoral, o general afirmou que o fenômeno “é do nosso país, é do mundo” e reforçou ainda que os militares “vão atuar dentro daquilo que está previsto para garantir que aquele processo [eleitoral] seja legítimo, e realmente que tenha respaldo popular”.
Luís Carlos Gomes Mattos ingressou no Superior Tribunal Militar em 19 de outubro de 2011 e estava na presidência da Corte desde 17 de março de 2021. O ministro citou como legado o maior reconhecimento da Justiça Militar.
com informações do g1
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