Parece um roteiro de filme policial dos Estados Unidos, mas o fato aconteceu aqui no Brasil, em Boa Vista, Roraima. 25 após perder o pai, assassinado com um tiro, a escrivã Gislayne Silva de Deus, de 36 anos, participou da operação da Polícia Civil que prendeu o acusado pelo assassinato, hoje com 60 anos. “A sensação que eu e a minha família temos hoje é de que a justiça foi feita e que a gente finalmente vai ter paz”, disse a policial ao g1.
Segundo a polícia, Raimundo Alves Gomes estava foragido desde 2016, quando teve o primeiro mandado de prisão expedido. Ele foi condenado a 12 anos de prisão pelo homicídio — e o caso transitou em julgado (teve a tramitação concluída) no mesmo ano. Nesta quinta (26), o criminoso passou por audiência de custódia, que manteve a prisão, e foi encaminhado para o sistema prisional do estado.
O CRIME
O assassinato aconteceu em 16 de fevereiro de 1999, quando Gislayne, aos 9 anos, perdeu o pai, Givaldo José Vicente de Deus, aos 35. Ele estava em um bar quando foi assassinado com um tiro, durante uma briga por uma dívida de R$ 150 que tinha com Raimundo. O crime ocorreu no bairro Asa Branca, na zona Oeste de Boa Vista.
Ao completar 18 anos, Gislayne começou a cursar Direito em uma faculdade particular. Sete anos depois, se tornou advogada. Ela não planejou seguir a vida policial mas, acabou prestando concurso e foi aprovada. Em 2022, ela ingressou na Polícia Penal de Roraima e atuou na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo e no Departamento do Sistema Prisional (Desipe). Ela contou que ao trabalhar em uma unidade prisional, imaginava ver o assassino do pai, enfim, preso.
Gislayne foi aprovada no concurso público da Polícia Civil. Em 19 de julho de 2024, assumiu como escrivã e fez um pedido: ser lotada na Delegacia Geral de Homicídios (DGH), pois acreditava que ali poderia encontrar e prender o autor do crime. No departamento, ela reuniu informações sobre o paradeiro do homem e localizou o último mandado de prisão, expedido em 2019 pela Justiça de Roraima.
com informações do g1
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