Mais um 8 de Março, que tem lutas e história. A data foi criada em homenagem às operárias têxteis de Nova York (EUA). Neste dia, em 1857, elas entraram em greve pela redução da jornada de trabalho e por igualdade salarial com os homens. Foram trancadas na fábrica e, devido a um incêndio criminoso, 129 delas morreram.
Após 167 anos, no mundo e no Brasil, elas voltam às ruas para celebrar o Dia Internacional da Mulher com atos em várias cidades, contra a violência e toda forma de opressão, por igualdade de gênero e salarial, pela democracia e mais mulheres na política, especialmente em ano eleitoral.
Essa luta segue firme, pois ainda vivemos em uma sociedade muito desigual e perversa com as brasileiras. É preciso atuar para acabar com uma absurda contradição: maioria do eleitorado e da população, com baixa representação no principal espaço de poder: a política, que pode mudar essa realidade. Não podemos aceitar que as mulheres sejam apenas 16% nas câmaras municipais, 12,1% nas prefeituras, 18% nas assembleias legislativas, 16,9% na Câmara Federal e 18% no Senado. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
SE SAIA, VIOLÊNCIA
Em pleno Século 21, as mulheres ainda lutam para combater à violência, e precisam da participação de toda a sociedade para mudar números absurdos. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil em 2023. No Anuário 2023, a violência doméstica cresceu quase 3%, chegando a mais de 245,7 mil agressões em 2022. Cerca de 33 % das brasileiras com 16 anos ou mais sofreram violência física e/ou sexual por parte de parceiro íntimo ou ex ao longo da vida. Outras 29% passaram por algum tipo de violência ou agressão em 2022, segundo pesquisa do Fórum.
VENHA, IGUALDADE
Outro ponto importante na luta feminina é pela igualdade. O governo Lula instituiu a Lei nº 14.611/2023, para garantir a igualdade salarial de gênero na mesma função. Segundo o IBGE, as mulheres recebem salário 22% menor em comparação aos homens. Sindicatos e organizações femininas devem se unir para que a lei seja efetivada na prática.
SOLIDARIEDADE E SORORIDADE
As mulheres têm um forte espírito de solidariedade. Por isso, ganha força nesse 8 de Março o apoio ao povo palestino e, especialmente, às mulheres palestinas, que são 67% dos mortos pelos ataques criminosos do governo de Israel. Foi importante a fala do presidente Lula contra esse genocídio, pois chamou a atenção dos outros países na busca por um cessar-fogo imediato.
Mais importante ainda nessa luta difícil é a sororidade feminina. Trata-se de uma significativa prática cotidiana de empatia, confiança, cooperação e acolhimento entre mulheres. Viva o 8 de Março. Viva a luta de todas as mulheres brasileiras.
A Redação, com informações do Portal Vermelho
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