Nesta sexta (14), em todo o Brasil, os movimentos em defesa dos direitos das mulheres realizam protestos no ato nacional contra o Lei 1904/24, chamado de “PL do Estuprador”. Em Salvador, a manifestação acontecerá às 17h30, na Estação da Lapa. Na noite de ontem, no Rio de Janeiro, mulheres criticaram o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira. Ele manobrou para colocar a matéria em pedido de urgência, mas já mostra que está recuando.

Em sua nota de convocação, a central sindical CTB Bahia diz: “Não podemos aceitar que as vidas e os direitos das mulheres sejam usados como peões em jogos políticos. Devemos nos unir em defesa dos direitos reprodutivos, da saúde e da dignidade das mulheres brasileiras. O Projeto de Lei 1904/24 é um retrocesso perigoso e deve ser rejeitado com veemência”.

A entidade lembra que, em 2022, foi registrado o maior número de estupros e estupros de vulnerável da história, com 74.930 vítimas. Destas, 6 em cada 10 vítimas são crianças com idade entre 0 e 13 anos, que são vítimas de familiares e outros conhecidos. No Brasil, cerca de 20 mil partos de meninas com menos de 14 anos ocorreram nos últimos 10 anos.

“Essas crianças não podem ser forçadas a serem mães. A CTB está na luta pela vida das mulheres e meninas do Brasil, pela justiça e pela humanidade, dizemos não ao PL 1904/24. Atacar o direito ao aborto legal em casos de estupro e de risco de morte materna é violentar duplamente as vítimas. Essas crianças não podem ser forçadas a ser mães. A CTB está na luta pela vida das mulheres e meninas do Brasil”, conclui a nota.

com informações da CTB Bahia