Agindo pensando nas eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mudou, nesta segunda (28), o presidente da Petrobras. É a famosa mudança para manter o que está. O chefe do Executivo criticou a política de preços da empresa, mas coloca no lugar do general Silva e Luna o economista Adriano Pires.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP0, trata-se de alguém que defende a manutenção da política atual de dolarização dos derivados de petróleo em um país autossuficiente. Além disso, é uma grande lobista da privatização. Assoim, a mudança é para manter o mesmo. Pires é um notório defensor da privatização da Petrobras e já atuou como lobista defendendo os interesses de empresas de óleo e gás.
Em nota, o governo confirmou a indicação de Pires. “O Governo renova o seu compromisso de respeito a sólida governança da Petrobras, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a Empresa”, afirma o governo. O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, foi indicado para presidir o Conselho de Administração. Ele chegou a ser acusado por torcedores de ter alinhado o clube com o governo para usá-lo como trampolim.
O presidente faz jogo de cena ao criticar os aumentos de combustíveis, sendo o chefe maior da empresa, mas joga para o mercado e não para melhorar a vida dos brasileiros. Adriano Pires é favorável à manutenção da dolarização promovida pela Política de Preço de Paridade Internacional (PPI).
ACELERAR A PRIVATIZAÇÃO
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, criticou duramente o escolhido. “O indicado do Governo Federal vem para acelerar a privatização da estatal e assumir o eventual desgaste pela crise no lugar do presidente Jair Bolsonaro. Já estou esperando declarações como ‘os preços estão altos por causa dos altos salários da estatal’ ou ‘privatizar e usar o dinheiro como subsídio é a melhor saída para baixar os preços dos combustíveis’, afirmou o dirigente à Fórum.
Artigo publicado em 2019 no Brasil 247, por Claudio da Costa Oliveira, economista aposentado da Petrobras, já apontava que Pires “é um conhecido lobista, defensor dos interesses das petroleiras estrangeiras, atuando junto à Petrobrás, ANP e Congresso Nacional”.
com informações da Revista Fórum
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