O Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) emitiu e enviou, nesta quinta (14), ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, pedindo a cassação do senador Sergio Moro (UB-PR). Os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado consideraram abuso de poder econômico em duas ações que podem levar à perda do mandato do ex-juiz da Lava-Jato. Além disso, pedem a inelegibilidade do parlamentar.
A decisão pede que se reconheça a “prática de abuso do poder econômico, com a consequente cassação da chapa eleita para o cargo majoritário de senador da República e decretação da inelegibilidade dos Srs. Sergio Fernando Moro e Luís Felipe Cunha”, seu primeiro suplente.
Movida pelo PT e o PL, a ação acusa o senador de prática de caixa 2, abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social. As legendas vão mostrar que a exposição e os recursos de Moro na pré-campanha para a Presidência da República deram a ele uma vantagem indevida na campanha para o Senado. E que o ex-juiz decidiu disputar quando desistiu da candidatura à presidência pelo Podemos e migrou para o União Brasil.
Segundo o MPE-PR, “não há como desvincular os benefícios eleitorais advindos da alta exposição do primeiro investigado (Moro), alcançada por meio da pré-candidatura à Presidência, de sua efetiva campanha ao cargo de Senador no estado do Paraná, pois a projeção nacional de uma figura pública desempenha um papel crucial, mesmo em eleição a nível estadual, influenciando diversos aspectos do processo eleitoral”.
Os procuradores dizem ainda que “a lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral, porquanto aplicou-se monta que, por todos os parâmetros objetivos que se possam adotar, excedem em muito os limites do razoável”.
com informações de O Globo
Compartilhe no WhatsApp
Comments