Após várias revelações na CPI da Covid sobre práticas criminosas da Prevent Senior, o Ministério Público de São Paulo vai propor um acordo à operadora de planos de saúde para suspender o uso do chamado “kit covid” (que inclui hidroxicloroquina e cloroquina).
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), medida antes de o MP oferecer uma ação à Justiça, prevê ainda a paralisação de qualquer estudo clínico relacionado com o coronavírus. Também vai exigir o pagamento de uma indenização por danos morais coletivos, com valor a ser estipulado de acordo com o faturamento do plano de saúde.
A Prevent é alvo de investigações no MP, na Polícia Civil e na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid por supostamente pressionar seus médicos conveniados a tratar pacientes com substâncias do “kit covid”, como hidroxicloroquina, contra-indicada para a covid-19. É acusada ainda de ter conduzido estudo com uso da hidroxicloroquina sem avisar pacientes e familiares. Tal estudo teria omitido mortes de pacientes, influenciando o resultado para dar a impressão de que o medicamento seria eficaz.
NEGA
Mesmo com relatos de médicos e pacientes, além de documentos colhidos, a empresa argumenta ao MP que não havia orientação direta para uso da hidroxicloroquina ou cloroquina porque os médicos são livres para prescrever o medicamento que julgarem mais adequado para cada paciente.
A Prevent Senior também nega que tenha adulterado qualquer estudo clínico. Há suspeita de que pacientes que morreram em decorrência da Covid tiveram seus atestados de óbito emitidos sem referência à doença causada pelo coronavírus.
Com informações do Estadão
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