Morreu aos 90 anos, neste domingo (26), o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1984 por sua luta contra o apartheid na África do Sul. A informação foi confirmada pelo presidente do país, Cyril Ramaphosa, neste domingo (26).
“A morte do arcebispo emérito Desmond Tutu é outro capítulo de luto no adeus de nossa nação a uma geração de sul-africanos excepcionais que nos deixou uma África do Sul liberta. Desmond Tutu era um patriota sem igual; um líder de princípio e pragmatismo que deu significado à compreensão bíblica de que a fé sem obras está morta”, disse Ramaphosa.
Tutu foi além da luta contra o apartheid, pois falava sobre a ocupação do território palestino por Israel, direitos da população LGBTQIA+, mudanças climáticas e outros assuntos de relevância mundial.
NOBEL DA PAZ
O regime segregacionista vigorou na África do Sul de 1948 a 1991 e separava pessoas negras das brancas. Em 1984, em pleno apartheid, Tutu recebeu o Nobel da Paz por sua oposição não violenta ao regime, que só acabou uma década mais tarde. Ele presidiu a Comissão da Verdade e da Reconciliação, criada para revelar as atrocidades cometidas durante aqueles dias sombrios.
Amigo do ex-presidente e grande nome mundial da luta antirrascista, Nelson Mandela, Tutu comandou numerosas marchas e campanhas para acabar com o apartheid nos degraus da entrada da Catedral de São Jorge, e em resultado disto esta se tornou conhecida como a “Catedral do Povo” e um símbolo poderoso da democracia local.
Com informações da Revista Fórum
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