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Ministro Luiz Marinho é favorável a semana de 4 dias de trabalho

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Tema novo, a semana de 4 dias de trabalho já é realidade em alguns países e em empresas brasileiras. Ganha força o debate sobre a redução das jornadas e pesquisas têm apontado inúmeras vantagens no novo modelo. Reino Unido, Bélgica e Escócia são algumas das nações em que empresas estão adotando a escala.

Entre os benefícios está se verificando o aumento da produtividade e das receitas; elevação do bem-estar e da qualidade de vida dos trabalhadores; redução do desemprego e do absenteísmo. Além de ajudar a proteger o meio ambiente, pois implica em menor locomoção e redução do uso de transporte.

Uma pesquisa no Reino Unido, realizada entre julho e dezembro de 2022, com mais de 60 empresas de diversos setores que adotaram a redução da jornada semanal de trabalho mostrou resultados surpreendentes: 91% das empresas querem manter a semana de 4 dias.

No Chile, a medida teve grande mobilização da população e foi aprovada pelo Congresso, limitando o tempo de 45 para 40 horas semanais, sem prejuízos para o salário. Além disso, foi prevista a possibilidade de trabalhar 4 dias e descansar 3.

NO BRASIL

Por aqui, a semana de trabalho de 4 dias existe apenas como um teste em algumas empresas. Para ser incluída na legislação, a medida teria que ser aprovada pelo Congresso Nacional. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, propõe que a sociedade e as centrais sindicais se mobilizem para dialogar e pressionar o Congresso a debater o tema.

O ministro afirmou que acha “difícil” o Brasil adotar o modelo no curto prazo, mas defendeu a ideia e afirmou que o dever do governo é “provocar” este debate para que a sociedade se mobilize e dialogue com o Congresso Nacional. Segundo Marinho, é “plenamente tranquilo, possível e suportável para a economia brasileira reduzir para 40 horas semanais”.

“Acho que as centrais têm que vir à luta, propor, dialogar com o Congresso. Tem gente do governo contra e tem gente a favor. Portanto, é democrático realizar um debate como esse. Eu vejo com muitos bons olhos que as centrais lancem [a discussão]. Eu liderei em 2004 a campanha pela redução da jornada, imposto de renda e salário mínimo. Nós construímos imposto de renda e salário mínimo e a jornada não caminhou. É hora das centrais pautarem pra valer esse tema, pra gente provocar esse debate no Congresso, para que os setores econômicos reflitam. Tem que se fazer seminários, chamar especialistas, universidades, meios de comunicação. Uma jornada menor pode elevar a produtividade, diminuir o absenteísmo, e pode melhorar a qualidade da produção. Enfim, qual o efeito de uma redução da jornada de trabalho? Eu estou ansioso para que esse debate venha à tona, porque eu ainda não senti. Em algum momento o debate de redução de jornada tem que vir, ele é muito saudável, no meu ponto de vista”, pontua.

com informações da Revista Fórum

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