Referência em reforma trabalhista no mundo, a Espanha agora virou exemplo de como a precarização das leis que protegem o trabalho foram péssimas para a sua economia. Quem afirmou foi José Luis Escrivá, ministro da Inclusão, Migrações e Seguridade Social da Espanha, durante encontro com Lula, políticos e sindicalistas.
O espanhol disse que a reforma, a partir de 2012, levou à redução da qualificação da força de trabalho, atrasando o desenvolvimento do país e a criação de empregos de qualidade. O ministro fez apresentação sobre “Políticas econômicas para uma sociedade mais justa e inclusiva” e sobre a reforma.
“É uma mentira que a competitividade de um país seja conseguida reduzindo salários. Se consegue com salários melhores combinados com a qualificação da mão de obra”, disse, mencionando investimentos em saúde e educação, valorização do salário mínimo, que aumentou 38% no governo socialista, e garantia de renda mínima para as famílias da Espanha.
Luis Escrivá reforçou que a reforma espanhola contou com um amplo consenso construído pelo governo com a sociedade, sindicatos e empresários. E que o governo Lula no Brasil também serviu de inspiração para o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol).
INCOMODANDO AS ELITES
O ex-presidente Lula já havia se encontrado com a vice-presidente Yolanda Díaz e com as centrais sindicais espanholas, durante viagem a vários países da Europa, quando defendeu a imagem do Brasil e ações globais contra as desigualdades.
A defesa de Lula dos direitos dos trabalhadores tem incomodado a elite política e os setores da imprensa comercial que apoiaram o golpe de 2016 com objetivo de impor a agenda neoliberal, de retirada de direitos sociais e trabalhistas, aos brasileiros.
Com informações do Diap
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