Primeiro, a oposição no Senado conseguiu protocolar o pedido de CPI para investigar a corrupção no Ministério da Educação. Depois, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça (28) que vê “gravidade” na suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro nas investigações do episódio.
Isso foi o suficiente para o ex-capitão agir com o velho “toma lá, dá cá”, acelerando a liberação de verbas do orçamento secreto para “convencer” senadores a retirarem sua assinatura para a instalação da CPI. Pelo menos dois nomes estão na mira: Eduardo Braga (MDB-AM) e Alexandre Giordano (MDB-SP), que apresentaram emendas.
Segundo o Estadão, neste ano, o governo já liberou o pagamento de R$ 5,8 bilhões em verbas do orçamento secreto, 35% do total de R$ 16,5 bilhões. A liberação acompanha datas estratégicas para o Palácio do Planalto. Somente nos dois dias após a prisão de Milton Ribeiro, que aumentou a pressão pela CPI, foram R$ 3,3 bilhões empenhados, o
que corresponde a 20% do previsto para o ano inteiro.
STF
A ministra Carmem Lúcia enviou para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido apresentado pelo deputado Israel Batista (PSB-DF) para que o presidente seja investigado. O envio à PGR é praxe nesse tipo de caso, porque cabe ao Ministério Público analisar se há indícios para abrir uma investigação.
“Considerando os termos do relato apresentado e a gravidade do quadro narrado, manifeste-se a Procuradoria-Geral da República”, escreveu Cármen em despacho.
A Polícia Federal apura a suspeita de que pastores teriam intermediado a liberação de recursos do Ministério da Educação. No último dia 22, o ex-ministro Milton Ribeiro e os pastores denunciados foram presos. Um dia depois, eles foram soltos, por decisão da Justiça.
com informações do G1 e do Estadão
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