No Carnaval de Salvador de 2025, 303 vendedores ambulantes foram resgatados de condições análogas ao trabalho escravo por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo a pasta, a prefeitura de Salvador e a empresa de bebidas Ambev eram responsáveis pela organização e gestão dos trabalhadores durante o evento. Ambos foram notificados oficialmente na quarta-feira (12).
De acordo com a denúncia, os vendedores ambulantes mantinham vínculos de trabalho tanto com a Ambev, que comercializou bebidas nos principais circuitos da folia, quanto com a Prefeitura de Salvador. Durante o Carnaval, os trabalhadores enfrentaram jornadas exaustivas, não tiveram acesso a condições mínimas de higiene e, em muitos casos, foram obrigados a dormir nas ruas. Esses elementos configuram a prática de trabalho análogo ao de escravizados.
Como consequência, os trabalhadores resgatados têm direito a três parcelas do Seguro Desemprego, conforme o entendimento do MTE. A Prefeitura de Salvador alegou que ainda não recebeu oficialmente a autuação e, em nota, informou que oferece cestas básicas, kits de higiene e apoio a centros de acolhimento para crianças dos ambulantes.
A Ambev, por sua vez, disse que, ao ser notificada, prestou os esclarecimentos necessários ao MTE e forneceu toda a documentação solicitada. A situação continua em análise pelas autoridades competentes.
com informações do G1Ba
Compartilhe no WhatsApp
Comments