A eleição de Claudia Sheinbaum, primeira mulher presidenta do México, mostra que os eleitores aprovaram o governo de esquerda de Andrés Manuel López Obrador. Outro destaque é que se trata de uma cientista política de esquerda. A vitória foi indicada pela contagem preliminar oficial dos votos realizada pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE), após quase 70% das urnas apuradas às 7h de Brasília desta segunda (3). A candidata governista aparece 30 pontos à frente de sua adversária, Xóchitl Gálvez, senadora e empresária de centro-direita.
Cláudia Sheinbaum falou a apoiadores reunidos na Cidade do México e destacou o simbolismo de ser a primeira mulher eleita presidenta em 200 anos de independência. “Como já disse em outras ocasiões, não chego sozinha, todos nós chegamos. Com nossas heroínas que nos deram nossa pátria, com nossos ancestrais, nossas mães, nossas filhas e nossas netas”, disse.
Ela afirmou que seu governo quer um México plural, diverso e democrático. “Sabemos que a divergência faz parte da democracia e, embora a maioria das pessoas apoie nosso projeto, nosso dever é e sempre será cuidar de todos os mexicanos, sem distinção. Portanto, mesmo que muitos mexicanos não concordem totalmente com nosso projeto, caminharemos em paz e harmonia”, ponderou.
Das oito eleições provinciais (governadores), o partido de López Obrador venceu novamente nas cinco que já governava e em duas que eram governadas pela oposição: Yucatán e Jalisco. É possível ainda que o governo de tenha maioria legislativa, com Claudia Sheinbaum podendo aprovar reformas constitucionais propostas.
TRAJETÓRIA
Aos 61 anos, a presidenta eleita do México iniciou na sua militância estudantil nos anos 1980, e teve seu primeiro cargo público como secretária do Meio Ambiente da Cidade do México (2000-2006). Sheinbaum fez um doutorado em engenharia ambiental na Universidade Nacional do México (Unam), para o qual pesquisou durante quatro anos nos Estados Unidos, e fez parte do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC) que ganhou um Prêmio Nobel da Paz em 2007. É ex-prefeita da Cidade do México, uma das cidades mais populosas do mundo.
com informações do Brasil de Fato e AFP
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