Não é mais impossível ver uma pessoa estudar medicina por 6 anos e orientar pacientes com um discurso anticiência. Em Salvador, um casal denunciou uma médica ao Plano de Saúde do Servidor (Planserv) após um atendimento ao filho deles, de seis anos, na Clínica do Acupe, em Brotas.
Ao portal Metro1, eles contam que a profissional afirmou que a vacina contra a Covid “é perigosa, não confiável”, minimizou a gravidade da infecção e disse que o imunizante é “coisa de comunista”. Além disso, a médica ainda questionou se o casal seria comunista.
Eles contaram que a consulta tinha o objetivo de gerar um relatório de liberação de atendimento psicológico para a criança. O pai, o professor Márcio Ricardo Barbosa, 43 anos, ainda relatou à reportagem que a pediatra admitiu que costuma dar as mesmas orientações a todos os pais, e que participa de um “grupo de mais de 40 mil médicos” contrários ao imunizante.
A reportagem procurou a médica, identificada como Mônica Ramos, de 63 anos. A profissional afirmou que “comenta sobre várias coisas” durante as consultas, mas durante a conversa não não assumiu, e não negou, as acusações feitas pelo casal. A médica ainda se classificou como “pró-vida”, sem dar detalhes sobre o que significa. “Eu sou médica, não política. O que eu falo, falo com todo mundo. Quero que provem”, concluiu.
O casal também planeja acionar o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb). Procurados pela reportagem, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) e o Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos não retornaram o contato.
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