Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspender o sigilo da delação premiada de Mauro Cid, vários fatos sobre Jair e Michele Bolsonaro vieram à tona. No depoimento, o tenente-coronel acusa a ex-primeira-dama de atuar como instigadora de um golpe de Estado.
Em quase 500 páginas de informações repassadas à Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens da Presidência afirma que Michelle, juntamente com um grupo de conselheiros radicais, tentou convencer o então presidente de forma ostensiva. Também afirmou que, entre os integrantes dessa ala mais radical, estavam Onyx Lorenzoni, Jorge Seiff, Gilson Machado, Magno Malta, Eduardo Bolsonaro, o general Mario Fernandes — secretário-executivo do general Ramos —, além da própria mulher de Bolsonaro.
“O general Mario Fernandes atuava de maneira ostensiva, tentando convencer os demais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também fazia parte desse grupo. Essas pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, incitando-o a dar um golpe de Estado, alegando que ele contava com o apoio do povo e dos CACs para tal ação”, declarou Cid em colaboração premiada.
CARTÃO DE VACINA
Mauro Cid afirmou ainda que recebeu “ordem” do ex-presidente para falsificar os cartões de vacina dele e de sua filha, e que entregou o documento “em mãos” a Bolsonaro. Na época dos fatos narrados, Cid era ajudante de ordens do então presidente. “Confirma (que) recebeu a ordem do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, para fazer as inserções dos dados falsos no nome dele e da filha Laura Bolsonaro; que esses certificados foram impressos e entregue em mãos ao presidente”, diz o termo do depoimento.
Segundo Cid, “o objetivo era ter o cartão falso para uma necessidade qualquer; que uma dessas necessidades seriam as viagens”. No fim de 2022, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos, que na época exigia a comprovação de vacinação para entrada no país.
com informações do g1 e bahia.ba
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