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Mauro Cid confirma o que disse Freire Gomes sobre Bolsonaro e o golpe

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Em depoimento de 9 horas à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, confirmou que Jair Bolsonaro (PL) participou de, ao menos, 5 reuniões golpistas. Entre os encontro relatados por Cid, está a que foi citada pelo ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes.

Também em depoimento à PF, Freire Gomes disse que Bolsonaro apresentou a minuta golpista no encontro que teve com ele e os então comandantes da Força Aérea Brasileira (FAB), Carlos de Almeida Baptista Júnior, e da Marinha, Almir Garnier.

Mauro Cid afirmou à PF que a reunião aconteceu, mas que não esteve na sala com Bolsonaro e a cúpula militar. A informação confirma que Bolsonaro comandou a tentativa de golpe, que só não teria ocorrido por oposição de Freire Gomes e Baptista Junior (diferente de Garnier, que teria colocado as tropas à disposição).

Alinhado com o ex-comandante do Exército, Cid afirmou que mantinha Freire Gomes atualizado sobre o que classificou como “pressão” que Bolsonaro sofria para colocar o golpe em marcha.

BOLSONARO AJUSTOU MINUTA

Numa mensagem captada pela PF em seu celular, Cid atualiza Freire Gomes sobre a situação no Alvorada, onde Bolsonaro instalou o QG do golpe, e chega a citar alterações no “decreto”. “Boa tarde, general. Só para atualizar o senhor que vem acontecendo e o seguinte. O presidente tem recebido várias pressões para tomar uma medida mais, mais pesada onde ele vai, obviamente, utilizando as forças, né (…) A pressão que ele tem recebido é muito grande. (…) Ele enxugou o decreto, né? Aqueles considerando que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais resumido”, afirmou Cid ao ex-comandante do Exército.

Para a Polícia Federal, o decreto seria a minuta golpista, que previa a instauração de Estado de Sítio. Freire Gomes declarou que na reunião com os comandantes, o documento entregue a Bolsonaro pelo ex-assessor Filipe Martins previa prisões de Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do STF, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Mas, Bolsonaro teria deixado apenas Moraes na lista dos que iriam para a cadeia com o golpe.

com informações da Revista Fórum

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