Falando após o acordo de delação premiada, o ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, afirmou que partiu do então presidente Jair Bolsonaro a ordem para confeccionar certificados falsos de vacinas da covid-19, inseridos no sistema do Ministério de Saúde.
Em um dos depoimentos à Polícia Federal, o tenente-coronel admitiu sua participação nas fraudes e vinculou Jair Bolsonaro diretamente ao esquema. A informação foi confirmada ao UOL por três fontes que acompanharam as negociações do acordo.
O advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, negou a acusação: “Eu garanto que o presidente nunca pediu nem pra ele, nem para a filha dele. Até porque o mundo inteiro conhece a posição dele sobre as vacinas, e o visto dele, como presidente da República, não necessitava de comprovante de vacina. A filha menor de idade também não tinha necessidade, razão pela qual não fez qualquer pedido ao tenente-coronel Mauro Cid sobre os certificados”, enfatizou.
A afirmação de Cid contraria a versão de Bolsonaro apresentada à Polícia Federal. Em maio, ele declarou que não conhecia nem orientou fraudes em cartão de vacinação para seu uso ou de familiares.
Esse caso começou a ser apurado com a descoberta de diálogos no celular de Mauro Cid que mostravam como ele acionou diversos contatos para solicitar a inserção dos dados falsos de vacina. Isso para burlar as exigências de comprovação da vacinação em países estrangeiros. A PF já havia conseguido provas suficientes sobre o esquema, mas ainda buscava identificar a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos fatos.
com informações do UOL
Compartilhe no WhatsApp
Comments