Em um inquérito sobre suspeitas de corrupção e tráfico de influência envolvendo sua atuação junto ao governo federal, Jair Renan Bolsonaro (filho do presidente) terá que depor na Polícia Federal (PF). O depoimento está previsto para ser realizado nesta quinta (7).
A PF tenta ouvir Jair Renan há quatro meses, sem sucesso. Ele já havia sido intimado em dezembro e não compareceu ao depoimento. Após isso, foi enviado o inquérito ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu prorrogação de prazo para a conclusão das diligências.
Segundo o inquérito, houve associação de Jair Renan com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”.
As suspeitas sobre o filho de Bolsonaro envolvem a utilização da empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
“PRESENTINHO”
O grupo, que tem interesses junto ao governo, presenteou Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês após, em outubro do ano passado, representantes da Gramazini se reuniu com Marinho. Segundo o ministério, o encontro, que também teve a participação de Jair Renan, foi marcado a pedido de um assessor especial da Presidência.
com informações de O Globo
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