Informações do Ministério do Trabalho e Previdência revelam que a fila de perícias médicas do INSS ultrapassou mais de 1 milhão de agendamentos. Ao todo, 1.008.112 segurados esperam para ser atendidos por um médico. O número inclui todos os tipos de benefício que necessitam de avaliação pericial para concessão: auxílio-acidente, auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) e aposentadoria incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), pagos a quem tem alguma incapacidade para trabalhar.
Outros benefícios, como BPC (Benefício de Prestação Continuada), aposentadoria da pessoa com deficiência e aposentadoria especial, entre outros, que necessitam da análise de um médico. Há poucas semanas, o número estava em torno de 780 mil. Com o início da greve dos peritos, o quadro se agravou. Dados da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) mostram que houve ao menos 320 mil remarcações de exames periciais desde o início da greve.
O vice-presidente da ANMP, Francisco Eduardo Cardoso Alves, afirma que a categoria tem cumprido a decisão do Superior Tribunal de Justiça e mantém 70% dos médicos peritos em atendimento nas agências, enquanto 30% estão parados. Hoje, a Perícia Médica Federal tem 3.400 profissionais, mas com afastamentos, 3.200 estão na ativa. “Os peritos se sentem indignados com a forma como o governo vem tratando a categoria. Temos mais de 320 mil perícias remarcadas no período e, até agora, não se moveram para negociar”, afirma.
REIVINDICAÇÕES
A categoria reivindica reposição salarial de 19,9% (o governo oferece 5% a todos os servidores), melhores condições de trabalho, com todos os profissionais fazendo atendimentos presenciais e sem nenhum deles “fora da agenda de atendimentos” e concurso público para regiões do país onde é necessário mais profissionais.
O QUE FAZER
O segurado que tem perícia marcada não pode deixar de comparar à agência da Previdência. Se não conseguir atendimento por causa da greve, é preciso provar, de alguma forma, que esteve no local. O ideal é pedir a algum funcionário do INSS um documento registrando data e hora em que esteve no posto do INSS, com assinatura e carimbo do órgão. Caso não seja possível, a orientação de especialistas é fazer uma foto, que contenha data e horário, e conversar com pessoas que também estavam lá, que possam servir de testemunha, caso seja necessário.
com informações do Bahia Notícias
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