Lançado nesta terça (14), um manifesto assinado por mais de 1.100 economistas reforça o apoio à chapa Lula-Alckmin na disputa presidencial e denunciam o Governo Bolsonaro pelos ataques realizados às instituições democráticas e por buscar realizar um golpe nas eleições em 2022. O documento foi divulgado no dia da venda das ações da Eletrobrás na Bolsa de São Paulo, realizada sob o protesto dos trabalhadores.
Denominado “Movimento dos economistas pela democracia e contra a barbárie”, o manifesta apresenta, entre outras propostas, a de retomada do controle estatal da Eletrobras. “Vamos continuar na luta para derrotar esse governo antinacional. Reverter a privatização da Eletrobras não é somente possível como é necessário. Sem uma Eletrobras pública não é possível que o Brasil consiga se desenvolver. Então vamos continuar na luta até derrotar o governo e reestatizar a Petrobras”, disse ao Portal Vermelho o Engenheiro Eletricista da Eletronorte e Diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel), Ikaro Chaves.
Capitaneados pela Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, os economistas propõem a expansão de energias renováveis e a manutenção do setor público no controle da matriz energética do país. Para eles, o novo governo deverá rever também a política de paridade de preços internacionais dos combustíveis por intermédio da retomada da produção nacional de derivados de petróleo, fortalecendo a Petrobras como uma empresa de energia indutora do crescimento e desenvolvimento nacional.
NOMES DE PESO
Assinam o documento economistas tais como Luiz Gonzaga Belluzzo, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Márcio Pochmann, Paulo Nogueira Batista Júnior, Teresa Campello, Paulo Kliass, José Luís da Costa Oreiro e André Modenesi. Eles chamam a atenção para a crise profunda na qual o governo Bolsonaro mergulhou o país.
“As instituições foram enfraquecidas, os pilares do Estado Democrático de Direito foram ameaçados”, ressaltam os economistas destacando ainda que o presidente, em vários momentos, tentou viabilizar um golpe, buscou intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF), acenou com a possiblidade de questionar os resultados das eleições em 2022.
Na opinião deles, o desmonte de economia nacional é notório, com os investimentos públicos travados; políticas públicas abandonadas; programas de transferência de renda instrumentalizados para fins eleitorais e fragilizados; além do abandono da política de valorização salarial do salário mínimo, iniciada na segunda metade dos anos 1990 e ampliada a partir de 2003.
com informações do portal Vermelho
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