Desemprego, dificuldade de acesso ao mercado de trabalho, falta de preparação no processo migratório e custo de vida elevado. Esses são os principais motivos para ter crescido o número de brasileiros em Portugal que pediram ajuda para voltar ao Brasil, em 2022.
O número aumentou em comparação ao ano de 2021. Inscreveram-se, em média, aproximadamente 80 pessoas por mês no programa da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Do total que procuram ajuda, 92% são brasileiros em situação de extrema vulnerabilidade.
Segundo o chefe de Missão da OIM em Portugal, Vasco Malta, registrou-se um aumento expressivo de número de pedidos de apoio. “Falamos de 288 casos para 1.051 em 2022”, contabiliza Malta. Ele indica ainda que 113 voltaram ao Brasil com o apoio do dispositivo em 2021, contra 394 em 2022.
DESINFORMAÇÃO NAS REDES
Malta revela que um dos motivos para este cenário alarmante é a pouca informação sobre a realidade portuguesa, além de um planejamento deficiente. “Existe muita desinformação nas redes sociais, que acaba por potenciar a decisão de migrar para Portugal. As pessoas até podem trazer economias, mas quando precisam de enfrentar a difícil realidade do mercado imobiliário ou do próprio aumento do custo de vida, por exemplo, esta verba de emergência acaba por ser consumida muito rapidamente”, explica.
RESUMO DA ÓPERA – Na maioria das vezes, as pessoas buscam realizar o sonho de ter uma vida melhor ganhando mais em um país estrangeiro (em função da desvalorização da moeda brasileira). Mas, ao chegarem lá se deparam com a discriminação contra latinos, se sujeitam a sub-empregos sem direitos e são tratados como “inferiores” (vemos até casos de trabalho escravo). Parece que a questão é não mudar do Brasil, mas mudar o Brasil. Coincidentemente, o desejo de voltar acontece com a expectativa de uma nova vida gerada por um novo governo, diferente dos anteriores, quando milhares de brasileiros foram para Portugal.
com informações do BNews
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