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Lula sobe o tom, critica potências e exige nova ONU

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Foto: Ricardo Stuckert

Com a tradição mantida de o Brasil abrir a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Lula (PT) subiu o tom nesta terça (24). Ele afirmou que, em busca de resolver os problemas do planeta, os líderes mundiais andam em círculos e têm resultados ineficientes. Lula citou o Pacto para o Futuro, documento adotado pelos países para reforçar a cooperação global.

“Sua difícil aprovação demonstra o enfraquecimento de nossa capacidade coletiva de negociação e diálogo. Seu alcance limitado também é a expressão do paradoxo do nosso tempo: andamos em círculos entre compromissos possíveis que levam a resultados insuficientes”, disse.

Segundo Lula, a crise da governança global requer transformações estruturais e essa missão recai sobre a Assembleia Geral, “expressão maior do multilateralismo”. Segundo ele, a Carta das Nações Unidas nunca passou por uma reforma abrangente. “Na fundação da ONU, eram 51 países, hoje somos 193. A versão atual da Carta não trata de alguns dos desafios mais prementes da humanidade”, disse citando os diversos conflitos armados existentes no mundo, “com potencial de se tornarem confrontos generalizados”.

O presidente afirmou não há equilíbrio de gênero no exercício das mais altas funções e o cargo de secretário-geral jamais foi ocupado por uma mulher. “Estamos chegando ao final do primeiro quarto do século XXI com as Nações Unidas cada vez mais esvaziada e paralisada. Não bastam ajustes pontuais, precisamos contemplar uma ampla revisão da Carta”, disse.

POSIÇÕES DO BRASIL

Nesta 79ª Assembleia Geral, o Brasil propõe a transformação do Conselho Econômico e Social no principal foro para o tratamento do desenvolvimento sustentável e do combate à mudança climática, com capacidade real de inspirar as instituições financeiras. Também quer a revitalização do papel da Assembleia Geral, inclusive em temas de paz e segurança internacionais. Busca o fortalecimento da Comissão de Consolidação da Paz e a reforma do Conselho de Segurança, com foco em sua composição, métodos de trabalho e direito de veto, de modo a torná-lo mais eficaz e representativo das realidades contemporâneas.

com informações da Agência Brasil

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