Como prometeu, o presidente Lula (PT) relançou, nesta segunda (20), o programa Mais Médicos pelo Brasil para aumentar o número de profissionais que trabalham no sistema público de saúde, de 13.000 para 28.000. A iniciativa terá contrato de quatro anos, renovável por mais quatro anos, e destinará R$ 712 milhões ao projeto em 2023. Serão criadas mais 10 mil vagas por meio da participação de municípios que arcarão com os custos de seleção dos médicos. Atualmente, o governo tem 5.000 vagas não preenchidas e um novo edital será lançado ainda em março.
“O programa foi um sucesso excepcional. Poucas vezes, o povo pobre recebeu o tratamento que teve depois que colocamos o Mais Médicos para funcionar. Somente quem mora na periferia das grandes cidades, em cidades pequenas no interior, sabe o que é a ausência de um médico, uma pessoa começar com uma pequena dor de cabeça e vir a falecer porque não tinha ninguém para fazer uma consulta”, destacou Lula.
A ministra da Saúde, Nísia Teixeira, destacou que o governo está empenhado em fortalecer o programa, essencial para o SUS e para a sociedade brasileira. “O Mais Médicos voltou para responder ao desafio de garantir a presença de médicos a cidadãos de municípios mais distantes dos grandes centros e que sofrem com a falta de acesso”, afirmou.
INCENTIVOS
Para estimular a permanência dos médicos por períodos mais longos, o programa fará pagamentos adicionais de 10% a 20% do valor total das bolsas para aqueles que permanecerem em municípios vulneráveis por pelo menos três anos. Os médicos que receberam auxílio financeiro por meio do FIES terão adicional de 40% a 80% do valor total das bolsas, dependendo da vulnerabilidade do município, pagas em quatro parcelas ao longo do programa de quatro anos.
O programa também oferece incentivos para as médicas durante a licença maternidade e para os pais através da licença paternidade de 20 dias. Além de cursos de pós-graduação e oportunidades de especialização. Também aceitará médicos estrangeiros e brasileiros com diplomas estrangeiros, embora priorize profissionais brasileiros residentes em Medicina de Família e Comunidade.
BEM RECEBIDO
A presidente da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, Zeliete Linhares, comemorou a retomada do programa. “Somos especialistas em pessoas e conhecemos onde moram, como vivem, o que influencia a sua saúde, o que influencia o dia a dia delas, onde trabalham, qual o ganho, qual o problema social dela e a qual violência está submetida. Tudo isso faz diferença em resolver os problemas”, destacou.
Para o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti, o novo formato deve trazer uma saúde mais universal e integral. “Momento muito importante, num país tão heterogêneo, em que as oportunidades de assistência são, muitas vezes, diferentes. A gente tem que enfrentar, em mais de 30 anos de SUS, esse problema que é dar à população lá na ponta prevenção de saúde”, pontuou.
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, o programa vem em boa hora. “Temos a responsabilidade de levar àquela população que não tem acesso a esse profissional que é tão valioso para a nossa sociedade”, disse.
com informações da Agência Brasil
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