Em Portugal, o presidente eleito Lula (PT) falou sobre a polêmica da responsabilidade fiscal exigida pelo mercado financeiro. O petista se comprometeu a fazer uma gestão responsável das contas públicas lembrando seus dois mandatos anteriores, quando teve responsabilidade com o Orçamento, como aprendeu com a mãe. Porém, ele disse que fará isso, mas sem “precisar atender tudo que o sistema financeiro quer”.
“Aprendi com a minha mãe, que era analfabeta, que a gente só pode gastar o que a gente tem ou o que a gente ganha. Mas se a gente tiver que fazer uma dívida para construir um ativo novo, que a gente faça com responsabilidade, para que o país volte a crescer. Então, vou cuidar do povo brasileiro com muito respeito, com muita autoridade. Eu quero dizer, em alto e bom som, que tenho um compromisso com o povo brasileiro, e vou cuidar desse povo como ninguém jamais cuidou”, afirmou o presidente.
Lula também disse ter humildade para ouvir os conselhos de economistas como Armínio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan, que falaram sobre os riscos de se acabar com o teto de gastos e não se comprometer com nenhuma política fiscal. Para os economistas, o desequilíbrio das finanças públicas resulta em mais inflação e baixo crescimento, sendo os mais pobres os maiores prejudicados. “Responsabilidade fiscal e responsabilidade social andam juntas”, enfatizaram.
Para Lula, não há razão, nesse momento para essa flutuação da Bolsa. “É importante que a gente apenas tome cuidado para não ser vítima da especulação. É importante que a gente saiba disso. Vamos ter responsabilidade, mas sem atender tudo o que quer o sistema financeiro. Vou voltar a aumentar o salário mínimo todo ano e a gerar emprego. Fui eleito para cuidar de 215 milhões de brasileiros e, sobretudo, das pessoas mais necessitadas”, disse.
com informações do Correio Braziliense
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