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Lula quer Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul protagonistas no mundo

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Na reunião dos países que compõem o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o presidente Lula defendeu que o bloco pode influenciar mais o desenvolvimento no mundo, sobretudo com a possível entrada de novos países-membros e parceiros. O petista discursou no Fórum Empresarial do bloco, em Joanesburgo, na África do Sul.

“O BRICS tem uma chance única de moldar a trajetória do desenvolvimento global. Vocês, empresários, fazem parte desse esforço. Nossos países, reunidos, representam um terço da economia mundial. Essa relevância vai crescer com a entrada de novos membros plenos e parceiros de diálogo. A colaboração entre o setor público e privado é vital para aproveitar esse potencial e alcançar resultados duradouros”, enfatizou o presidente brasileiro.

Pelo menos 11 países querem compor o BRICS: Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Bahrein, Bangladesh, Belarus, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã. Os pedidos são uma das principais pautas da cúpula de Joanesburgo.

ULTRAPASSOU G7 E PAC

Lula ressaltou que a participação do bloco na economia mundial vem se ampliando. “Já ultrapassamos o G7, e respondemos por 32% do PIB mundial em paridade do poder de compra. Projeções indicam que os mercados emergentes e em desenvolvimento são aqueles que apresentarão maior índice de crescimento nos próximos anos”, pontuou.

O presidente citou dados do FMI segundo os quais os países industrializados devem desacelerar seu crescimento de 2.7%, em 2022, para 1.4%, em 2024. Já as nações em desenvolvimento têm previsão de crescer 4% neste ano e no próximo. “Isso mostra que o dinamismo da economia está no Sul Global e o BRICS é sua força motriz. O comércio total do Brasil com o BRICS aumentou de 48 bilhões de dólares em 2009 para 178 bilhões em 2022 – um crescimento de 370% desde a criação do grupo”, sublinhou.

E acrescentou que o BRICS trabalha por um comércio global mais justo, previsível e equitativo. “Não podemos aceitar um neocolonialismo verde que impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias, sob o pretexto de proteger o meio ambiente”, disse.

Ao final, Lula falou do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos de R$ 1,7 trilhão, e convidou os empresários presentes a participarem dos empreendimentos.

com informações do iG

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